quarta-feira, julho 6

a noite

Diário de bordo de Pedro Villas

lembretes

A noite está longa. Estou a conversar com uma sereia, antiga amiga, de tempos ainda mais remotos. Está diferente, está mais bela além de conservada. Mais sábia talvez, não sei ao certo. Estamos em conversas antigas e atuais, comparando situações alheias da vida.
Salazar está aqui, aos bilhetes com Ortis  - Galagueñas estás a dormir. Salazar está a tremer por preocupações em suas idéias para com as sereias. Os desafios diários se repetem em estruturas diferentes, ou apenas são únicos. Assim como as ondas.
O dia, interessante por sua parte foi concluído,  e o novo amanhecer, não verei, pois irei durmir antes de vê-lo.

Com carinho
Eu os saúdo

A antiga sereia

Diário de bordo de Pedro Villa

Lembrete de Villas

Hoje encontro a estibordo Salazar a falar com as sereias. E pelo visto ele gosta das mais experientes. Com sua prática nas linguas e bons argumentos ele as convence de seu potencial. Dom Salazar traz argumentos realistas de sua pessoa, que de fato, os tem com sucesso. As sereias lhe dão atenção - realmente é um galanteador-, e com poemas e sinceras descrições, tem a credibilidade que lhe deve.
A sereia lhe dá atenção, e deixa a dúvida de encantamento, Salazar desde o início está sendo sincero, por hora imagino se não estivesse.
Ao assistir a conversa, me encanto por seus argumentos imaginando em séries: -como não pensei nisso? Eram detalhes que sempre gostaria de ter usado, mas não os usei não sei porquê, vejo o quanto posso aprender com este capitão.
Anoite houve comida feita por minhas mãos. Espero que tenham realmente gostado. Por mais, andei treinando com as sereias. Preciso melhorar um pouco meu jeito.
Dom Ortis nos contou pouco mais de suas histórias, e por assim rolou a noite: o encantar das sereias de Salazar e eu, histórias de Ortis, e as paradas inesperadas de Dom Galagueñas.
Por mais, mantenho a calma.

Saudações

Sobre o Dom Alma Negra desta noite


Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Eu sabia, pirata pendejo... não veio nos visitar.
Deve ter parado em algum bar da noite para fazer um cachê.
Basicamente Dom Alma Negra desta noite não esteve aqui.

Dom Salazár

Sobre o Dom Ortis desta noite


Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Dom Ortis nos fala sobre uma tal de Kadija.
Não posso me esquecer deste nome,
na próxima ocasião que tiver que batizar a filha de alguém.
É um costume entre ciganos.

Dom Salazár


Sobre o Dom Galagueñas desta noite


Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2


Percebo que Dom Galagueñas é um ser totalmente imprevisível. Hoje estávamos conversando e ele veio até nós, falando junto das vozes. Comentando coisas. Sobre a situação de Dom Villa com a sereia depressiva. Se juntou a nós, provocando também. Isto aqui é brincar de guerra o tempo todo! Todos notam em silêncio a aproximação de Galagueñas.

- Está se sentindo solitário, não é mesmo Galagueñas? - pergunta Ortis.

Ele ri, de seu jeito. Passando para lá, voltando para seu mar.
Tudo volta ao normal e estamos olhando para o ar - um lapso de normalidade nos atravessou.

Dom Salazár

Sobre o Dom Villa desta noite


Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Já estamos bons.

Gosto de comer as coisas com a mão. É importante uma intimidade com a comida. Estamos na cozinha, provando o bolo de Pedro. Dom Ortis e ele disputando pelo pedaço que deixei.

- Pode ficar com ele, Villa - diz Ortis e começo imediatamente a rir.
- Está com pena do gordinho - digo repetidamente, gargalhando. Dom Ortis rindo também.
- Estou honrando o título de laricoide - diz Dom Villa, sobre si mesmo.

Divertido ver Dom Villa a conversar com sua sereia. O quão desastroso isso acaba sendo.
De tempos em tempos sempre encontramos uma sereia depressiva. Dom Villa, como um toreiro, tentando cravar suas estacas cor-de-laranja no couro de um animal. Um toreiro Paniqueño. E o touro vai para cima dele e o machuca com seus chifres.
O toreiro Paniqueño então percebe que foi longe demais e tenta se retratar. Mas já é tarde e o touro foge. Esta metáfora é que foi longe demais.
Não está mais expressando coisa alguma.
Peço a ele que pegue leve. Provocações têm limite, Villa.
E ela para de falar, após uma grande ofensiva de Pedro.
Achamos que ela acaba de se matar, pelo silêncio. Rumando para a gruta dos tubarões assassinos. Para virar comida de peixes. Não responde mais através das águas. Talvez Dom Villa esteja muito acostumado na pesca de seus peixes e tenha considerado esta sereia como tal.

Dom Salazár

Divagações Salazarianas

Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Nam saselle nahele bele!

Estou aprendendo intuitivamente a lingua de Toro, el pero loco.
Estou sentado neste momento na câmara de Dom Villa.

Todos em suas posições de sempre:
Dom Villa escrevendo na mesa e conversando com Ortis.
Dom Ortis jogando com as cartas.
Dom Galagueñas, como siempre - navegando.

Toro está querendo pegar os nossos cigarros.
- Tu quieres, cabrón? - digo a ele.
E ele rodeando a minha volta, brincando.

Nam saselle nahele bele! - e ele gira quatro vezes sobre si mesmo.

Adestrando cães com magia cigana.
Era só o que me faltava hoje.

Depois de Dom Ortis e Dom Villa se reunirem mais uma vez para suas sessões de provocações quanto à minha sexualidade. Já disse que amo uma boa mulher. Querem o que comigo? Que eu diga que soy maricón e então possam satisfazer suas vontades com minha figura caliente? Pros infiernos, maricónes son ustedes queriendo mi corpo!
¡Gabachos, pendejos de mierda, que van para los diabos con su putas de madres!

As(Os) amantes de Dom Salazár

Diário de bordo de Pedro Villa

(...)

Acabo de descobrir que Dom Salazar, ao conhecer o mundo de Galagueños, conseguiu trocar correspondências e enviar fotos para uma amante de uma terra distante. Quando depois descobriu que era um homem que correspondia, e não a sua amante querida.Juan surpreso, ignora o fato e continua as correspondências para descobrir o seu real remetente, além suponho eu, querer conhecer um pouco mais o homenzinho. Depois fiquei sabendo através de rumores de que ele tinha marcado um encontro com o suposto rapaz com a intenção de conhecer uma garota, através da seguinte frase:
"-arrume uma garota que seja liberal, e ainda então poderemos pensar em algo."
E que no fim ficou por isso mesmo, aceitando somente o rapaz no encontro.
Por isso falo de pés juntos, que houve certo dia que estranhei o tamanho de sua felicidade, e agora compreendi juntando os fatos.
Realmente... ele é todo fantasia. -Hoje, na reunião, ficamos pasmos.
Hoje ao acordar, avistei que um cartaz com uma moça desenhada no corredor, e com uma flecha apontando o nome Juan Salazár de quatro com um homem atrás mostrando o pinto apontado, com uma flecha indicando o nome de Chico Medeiros.
Hoje vejo o quanto estranho meus amigos. Como capitão percebo que as brincadeiras são tolas, mas não deixam de trazer bons risos entre os homens, e por isso merecem créditos ao serem contadas. E que assim, permaneça a viagem.
Mas lembrem-se, sempre que passarmos perto dos portos do tal remetente, todos nós insistiremos para que Salazar fique em terra pelo menos um noite- porque senão, as saudades serão fortes demais.

Com carinho eu o saudo,
Um abraço

¡Ariba! Ariba! Ay ay ayy!

Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Estou reservado em minha câmara neste anoitecer, saboreando minha foiejda. O navio está atracado na Baía dos Carangueijos e balança bastante neste momento. Acabo de voltar da cidade. Tive que resolver o último dos meus compromissos e aproveitei para comprar umas cervejas para a noite de hoje. Vou seguir o conselho de Dom Ortis, quando eu disse que queria comemorar o fim de tantos compromissos intermináveis que tivemos no continente.

- Compre umas cervejas então - disse ele, jocoso.

E cá estou, cheio delas em minha câmara. Mais tarde vou levá-las para o quarto de Dom Villa. Provavelmente estaremos nos reunindo por lá.

Reparei - ao andar sozinho pela cidade - que não sei muito bem me cuidar entre os veículos de terra. Parece que já estou há muito tempo no mar, desacostumado das carruagens e cavalos. Quase me atropelam todo o tempo. Mas ainda estou vivo e cheio de energias magníficas.

O dia hoje está maravilhoso. Sinto uma dor no pé desde a festa de sábado. Creio que tenho um caco de vidro no pé, estilhaçado de um copo derrubado por Galagueñas. Estivemos festejando por duas noites inteiras, com uns conhecidos de uma ilha próxima - nossos convidados. A bela e graciosa Maria, inclusive. Mas que chica encantadora.
Estivemos nos amando por duas noites inteiras.
Tenho ela, agora, em meus braços,
sempre nos sonhos de minhas noites.

Dom Salazár

Fofocas

Diário de bordo de Pedro Villa

(...)

Fofocas?

Andam dizendo que sou da Paniquéia, ou algo semelhante. Esquecem, pois, que estamos em um local fechado, e a fofoca iria chegar aos meus ouvidos. De fato, sai de casa aos dezoito, mas errados estão quando dizem sobre minha antiga vida. Poucos sabem da verdade - E não será agora que revelarei-. O interessante é que assim como o fogo, a histórias acendem a curiosidade das pessoas e os que pouco me conhecem dão credibilidade, pelo amor! Poupe-me de conflitos!
Mas fazer o que? Prefiro pensar em intrigas saudáveis, que alimentam o cotidiano. Pois então deixarei fofocas, assim como fizeram comigo. Para provocar um pouco também, e assim veremos no que dá.
Pensarei em algo para vocês -viajantes que nos acompanham... citarei a primeira gafe que reconheci, e assim, que comece as intrigas.
Dom Ortis, tenho suspeitas de sua masculinidade.
Dom Salazár?precisa responder? -o Sr. "sou todo fantasia"- além de ser um lunático.
Dom Galagueñas é quieto e temos muito a ciência do que uma bebida pode fazer-lhe. Sua mudança é radical a ponto de apelidarmos de Malagueñas, o lobão. -Malagueñas é a personalidade de Noel que se torna O chavecador-. Apesar de suas viagens constantes e sua ausência nas reuniões, quando aparece é para fazer show. Diz pouco,mas diz o suficiente para ser marcante. Além da eficaz comunicação através de bilhetes. Sua presença ausente demonstra o quanto este gosta de navegar.
E eu? Sou apenas um observador.

Espero que me entendam...

Com grande carinho
Eu os saúdo

À mi bela e graciosa Señorita Maria

Estoy vendo o amanhecer, da proa do Las Hermanas. É tão bonito, Maria. Como um quadro de belas pinceladas.

Receba mis besos calientes.
Te quiero.
Siempre.

Juán Salazár

Pequeno episódio Noturno


No meio da noite:


Estava eu, Dom Salazár, em minha câmara, lá pelas tantas da madrugada, quando despertei, sonâmbulo. Procurando água. Minha mão alcançou o barril no escuro. E me pus a virá-lo na boca. Engasgando com a própria água de meu barril. Quase afogando. E sonhando que estava morrendo no mar. Acordo, completamente encharcado.
O mar deve estar mexendo com meus miolos.

Dom Salazár

Rápido desembarque ao continente (e as histórias lisérgicas de Dom Ortis)

Diário de bordo
do Capitão Salazár
do navio Las Hermanas
Dia 2

Hoje cedo, lá pelo meia-dia - somos noturnos - saimos todos para o continente. Logo pela manhã, concentrados, rumamos - eu e Dom Villa - para a câmara de Dom Ortis. E então desembarcamos no continente, após fumarmos um pouco. Dom Galagueñas se despersou rápido de nós. Tinha negócios a resolver. Nós ficamos zanzando pela cidade de mercadores. Dom Villa foi comprar seus cosméticos - hábitos de um paniqueño. Dom Ortis foi a um boticário pegar umas ervas medicinais de que estava precisando e eu entrei na tenda ao lado, onde se vendia papel, penas de escrever e outros artefatos para escritores. É um vício meu, escrever. Vício dos bons, creio assim. Uso cinco blocos de papel por mês. Ora, ora, não me chame de cagalhão, não estou falando deste tipo de papel.

Depois disso, fomos almoçar em um restaurante sugerido por Ortis. Eu já havia comido lá algumas vezes, mas nunca a foiejda. Muito boa a foiejda de lá. Eles preferem - Dom Villa e Ortis - levar uma quantidade de comida armazenada para levar para o navio, ao invés de comer por aqui mesmo. Acabo vendo que isto compensa mais e faço o mesmo. Comento a Ortis, enquanto estamos na fila, que as pessoas do continente têm um outro ritmo e nós, pessoas do mar estamos sempre destacados dos outros. Pelo sacolejo do mar, eu não sei muito bem, somos um pouco mais aéreos. Estou andando de um lado para o outro, entre as pessoas do restaurante, a mostrar a Ortis uma comida que parece vômito de bebê. E neste momento que mostro isto um camarada está pegando aquilo para ele. E começo a rir, descontrolado. Estou lunatizando, no meio do restaurante.

Voltamos para a câmara de Ortis e os dois começam a comer. Estou um pouco sem fome e observo o seu ambiente.

- Aquilo é uma Jose Cuervo, Ortis? - digo, voltado para a tequila na prateleira.

- É - responde Ortis, com seu olho de vidro brilhando.

- Precisamos brindar com Jose Cuervo um dia desses.

- É verdade - diz Dom Ortis. - ela veio do acampamento, em Montes Verdes.

Dom Ortis é nosso biólogo ultramarino e, recentemente, participou de um acampamento de biólogos. Se reunem e ficam se embriagando e fazendo sexo por vários dias. Pelo que entendi é mais ou menos isso.

Começo a brincar com uma das gatas. São duas as gatas de Ortis. As chamamos carinhosamente de Las Hermanitas. Mariacita e Juanita, as mascotes do Las Hermanas. Estou a chamar Mariacita para vir ao meu colo, imitando uma espécie de mafioso italiano - come to daddy, little catball!
Eu acabo de dizer bola-gato em inglês mafioso ou foi impressão minha?
E ela vem, e converso com ela.

- Holla, Mariacita - digo a ela. - sei que pode me entender. Outro dia vim sozinho aqui e você saiu, e eu te disse pra entrar porque eu teria que fechar a porta. Estava indo buscar um remédio na câmara de Ortis. E você obedeceu. Eu vivo dizendo a Ortis que vocês gatos são deuses - e ela se encolhe nos meus braços, tímida. - ora, ora, sua modesta - continuo, olhando seus olhinhos verdes de felina. - não banque a modesta comigo, eu vejo bem como fica imponente quando ninguém está olhando.

Gosto dos gatos.

Dom Villa resolve competir comigo a atenção de Mariacita. Ele a chama para seu colo. Ela resiste um pouco no meu, mas acaba indo até ele. A chamo de novo, e estamos a brincar com ela. Ela parece não gostar da farra e estaciona num lugar só.

Enquanto isso, Dom Ortis nos conta as suas histórias do acampamento de biólogos, quando estava deitado em sua barraca, bêbado e lunatizado, a ouvir sua vizinha de tenda gemer. E as paredes de ar da tenda vizinha empurravam a cama de Ortis.

- Porra, estou fazendo sexo por inércia - diz Ortis, num tom que julga baixo. Mas as pessoas que estão trepando perto dele começam a rir do que ele disse. Todos estão lunatizados.

No dia seguinte ela abre o zíper de sua tenda e diz:

- Já que fez sexo por inércia ontem, vais fazer comigo hoje.

E então trepam, ao luar.

- Fantásticas são suas histórias, Dom Ortis - digo a ele, saboreando minha foiejda.

E então começo a pensar sobre os nomes das Hermanitas. E que, para brincar com señorita Maria, a quem muito quero chamar de señorita Salazár, propor-lhe que me ame juntamente com su hermana Juana. E então estaria amando Las Hermanas, mas una vez. Todos nós concordamos que ela não gostaria muito da proposta.

- Mas nunca se sabe, não é mesmo? - digo, aos golfinhos passando na janela. Estão ouvindo nossas conversas. Seriam espiões de nossas chicas?

Dom Ortis conta, inspirado por minhas divagações, que no mesmo acampamento fez um menage a troir. Quando ele disse essas três palavras juntas foi imediato - Dom Salazár e Dom Villa, em coro:

- ¡Nos conte esta porra agora!

E ele narra suas orgias psicodélicas. Quando convidou alguns outros biólogos a jogar cartas em sua tenda. Duas biólogas, dois biólogos. Na mesma tenda. No meio das cartas, de repente, o outro biólogo ataca a bióloga. Dom Ortis faz o mesmo com a sua. E tudo roda pelo mundo. Estão lunatizando, todos eles. Dom Ortis abre os olhos e o outro biólogo está a chupar os seios de sua bióloga. Mas a outra bióloga está tocando o seu corpo. Ninguém é de ninguém por aqui. Todos são de todos. E Dom Ortis relaxa e se pôe a aproveitar. Não se sabe de quem são as mãos e pernas. Aquilo tudo é um bicho só, reproduzindo. Ou treinando para isso. Dom Ortis quer ter filhos, mas filhos clones - nos disse outro dia. Vai fazer ele mesmo em laboratório. E se estiver bêbado e errar a cabeça? Ou mesmo os testículos? É um risco que sua prole irá correr.

Me levanto e digo aos dois que vou embora. Preciso ir para a minha câmara. Já sinto dores para esvaziar as barrigas. E todos eles respondem que também estão com esta coisa. Dom Ortis faz comentário muy brilhante: estamos comendo juntos, cagando juntos - se refere a nossa hábito alimentar estar sincronizado já há alguns dias.

Todos se separam pelo resto da tarde. Dom Galagueñas foi vender seus peixes. El lobo-uso de la rede. Sempre cheia de peixes mortos fedorentos. Um bom sujeito, ele.

Mais tarde nos reunimos de novo. Teremos essa noite a célebre visita de Juan Pablo, nosso antigo tripulante, que acabou indo para a tripulação de outro barco. Menor, mas todo dele.

Tenho certeza de que comemoraremos este grande reencontro em grande estilo, como sempre. Regados a muita tequila e marola, a bordo do Las Hermanas.
Nunca se sabe se realmente virá nos visitar.
Dom Juán Pablo de l'Alma Negra, el trovador de las tiendas da noche.
Aquelle pirata pendejo.

Dom Salazár

Dom Ortis e algumas de suas aventuras

Diário de bordo

(...)

vou escrever com mais detalhes sobre os acontecimentos. Num barco, com pouco espaço, o detalhe se torna o tempero de um bom conto.


Acabo de voltar da cabine de Dom Ortis, após a refeição, que hoje, foi em seu espaço. Curiosidades sobre sua vida não lhe faltarás - eu digo a todos. Dom Ortis hoje nos contou um pouco de suas aventuras, orgias alucinógenas prefiro dizer. São interessantes, sim. E bem engraçadas por sinal. E sabem como é? Ortis em suas viagens, lembrando sempre os montes verdes, fazem de suas lembranças o nosso presente que estou aqui a contar.
(...)
Irei para meu canto, tocar um pouco de viola, e quem sabe criar uma bela música...


Agora todos voltaram para seus afazeres, cada um com sua função. A normalidade diferenciada.

Com um forte abraço
Eu os saúdo

A vista

Diário de bordo
(...)

Hoje o céu está belo. O mar está calmo e rígido. As cores do amanhecer eram lindas. É uma dádiva poder vê-las todos os dias. Posso chamar de sonho saber que haverá, independente do que aconteça, um show eterno no início do dia.
Estou a ver o mar, acabou de amanhecer e o sol agora nos aquece. Hoje sinto algo especial. O dia será ótimo.
Até o fim do dia, provavelmente escreverei mais alguma coisa...-estou a este-bordo olhando o sol que nasceu, e escrevendo..., coisas de louco-.

Com grande carinho
Eu os saúdo