quinta-feira, julho 14

Novidades e a segunda lua

Diário de bordo de Pedro Villa
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Viagens distantes estou disposto a enfrentar.
No momento sei que Salazar voltou para sua antiga terra -para um homem de muitas terras, digo antiga terra devido a sua origem-, sinto sua falta.
Ultimamente as coisas andam diferentes, ando conhecendo novos olhares e estou me sentindo confortável com a situação.
Vou citar um conto que ouvi outro dia, numa barraca próximo à recifes, onde suas ondas são altas e o vento é forte -não é atoa que o nome do local, se não me engano, é praia dos recifes.
Uma terra distante que demorou um tempo para chegar, e para completar o objetivo ainda mais... O fato é que dentro dessa viagem houveram muitos aprendizados, onde os uso até hoje.
Após algumas horas de viagens cheguei próximo à esta praia -próximo ao meio-dia.
No local, cansado e com pouco dinheiro, me aproximei ao bar de frente à praia, próximo aos recifes, onde lá conheci a Sr.ª Madalena, gentil e de bom coração conversamos por horas. Falamos sobre o local, seguindo pelos assuntos de geografia, política, segurança local, e em seguida sobre sua vida, onde aí, percebi algo interessante.
Após sua conturbada e interessante vida -a senhora tinha aproximadamente 50 a 60 anos-, ela citou sobre algo que lhe aconteceu ainda na praia dos recifes, o local onde acredita ter encontrado a paz. Em uma noite, longe de dormir, já na cama, resolve ir ver o mar iluminado pela lua cheia, de frente para a praia e para a sua casa ela consegue enxergar, ao longe, além da lua -que se encontrava no alto do céu, próximo a posição das 17 horas do sol.-, no mar havia uma iluminação estranha, redonda branzo azulado, esfumaçado -segundo ela.
Ao observar, ficou por tempos analisando e duvidando do que via, até que resolveu ver um colega naval seu, já que aquelas áreas eram usadas de forma demasiada pela indústria naval, acreditou que ouvir de alguém que realmente conhecia e andava por aqueles locais era o mais certo a fazer.
Enquanto caminhava -pela praia- de encontro ao amigo, ela o encontrou, e ele lhe disse que estava indo vê-la para mostrar o mesmo. Nas praias próximas das casas -não estavam mais no centro da cidade- as pessoas saíam na rua para observar o fato.
Os dois observaram e admiraram o acontecimento inédito e talvez jamais oportuno. Era belo, era como se fossem duas luas. Dois feixes de luz, duas iluminações distintas, uma no céu e uma no mar.
A improbabilidade devido à falta de tecnologia trazia suposições sobre outros povos, vulgo extraterrestres.
No fim, após um almoço bem pago ao viajante, Madalena pergunta sobre a crença de vidas e religião e o quanto eu acredito em outras vidas, vidas além da terra.
Como um flash, hoje lembro de sua voz, e sua disposição ao contar.
Sinto falta destas terras longínquas, e sua saudade me faz crescer.
Penso nos acontecimentos e devido a crença que ele pôs sobre suas palavras, não duvido e hoje busco vestígios ou qualquer situação que comprove, tendo sempre esta como comparativa. Como um hobby, nada além.

(...)

Saudações

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